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A ação acontece todo ano, organizada pela Companhia das Obras. Em Sorocaba, parte da arrecadação é destinada ao BAS. Créditos: Gabriela Guedes
O Dia Nacional da Coleta de Alimentos, organizado pela ONG Companhia das Obras e celebrado neste 11 de novembro, arrecadou mais de 1 tonelada de alimentos não perecíveis em Sorocaba. Ao todo no Brasil, a campanha coletou mais de 91 toneladas.
Parte dos alimentos arrecadados, que foram coletados nos supermercados Coop Itavuvu e Árvore Grande, foi destinado ao Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS), que irá distribuí-los para as entidades cadastradas na instituição nas próximas semanas.
Meire Ellen Rodrigues, assistente social do BAS, destaca que campanhas como essa ajudam o Banco a seguir combatendo a fome na região.
“Nosso trabalho é permanente e, ao longo deste ano, as arrecadações caíram, por isso agradecemos mais um ano de parceria com a campanha, que vai fazer a diferença na vida de muita gente”, conta Meire.
Voluntariado
A campanha depende de voluntários para a organização, coleta, triagem e distribuição dos alimentos. Muitos se somam à iniciativa porque querem compartilhar um pouco do que têm; outros têm muito pouco e participam como voluntários, porque sabem da importância de iniciativas como esta para a sobrevivência. Confira o depoimento de alguns voluntários deste ano.
Lucas Pontes, estudante de logística
“É a minha segunda vez como voluntário. Eu sempre quis fazer algum trabalho voluntário e é muito satisfatório. É sensacional, eu gosto muito!”.
Donizete Narciso, Legião da Boa Vontade
“Eu sou voluntário desde 2010. Eu gosto de participar, eu me sinto útil de ajudar as pessoas, fazendo a arrecadação. Eu gosto de trabalhar na abordagem, para ficar conversando com essas pessoas, para ajudar. A fome é terrível. E eu já passei por isso, né? Eu fui criado no sítio. A gente passa muita dificuldade. Então eu acho assim, é uma coisa muito importante a gente procurar ajudar os necessitados”.
Jorge Oliveira Filho
“Faz uns 10 anos que sou voluntário. Eu acho que é o mínimo que a gente pode fazer. Talvez a gente possa fazer até mais, mas a gente acaba não se dispondo. Então, isso é sagrado. Todo ano tem que fazer. Infelizmente, nós no Brasil, não temos essa cultura de doação. As pessoas são muito desconfiadas. A nossa alegria é ver o rosto de felicidade, a expressão de felicidade deles [quem recebe a doação]. É uma coisa muito gratificante, com certeza”.
Tereza Almeida, técnica em nutrição
“Desde mocinha sou voluntária, minha mãe sempre falava para ajudarmos o próximo. Na campanha de coleta de alimentos faz 5 anos que faço parte. Em uma época, eu estava passando fome em casa mesmo, era um perrengue, mas eu não contava pra ninguém. Continuava fazendo o voluntariado no BAS e não contava para ninguém, porque quando eu precisei, eles estavam lá. Dependia da escola para comer. Precisamos aumentar a arrecadação de alimentos, porque a fome tem pressa. Para mim, essa solidariedade da campanha de alimento não é só alimento”.